Dentro do conceito de advocacia 4.0, uma série de novos recursos entraram à disposição dos advogados, como inteligência artificial, jurimetria e big data, que têm se tornado fundamentais para automatizar tarefas repetitivas.
Na era da transformação digital, é inegável que quem não se adaptar ficará para trás e perderá competitividade. Isso vale para qualquer área – e não seria diferente para o meio jurídico.
Apesar de ser uma categoria com fama de burocrática, essa classe também está passando por uma ampla disrupção.
Dentro do conceito de advocacia 4.0, uma série de novos recursos entraram à disposição dos advogados, como inteligência artificial, jurimetria e big data, que têm se tornado fundamentais para automatizar tarefas repetitivas que demandam muito tempo dos profissionais do direito.
A inteligência artificial permite, por exemplo, a automação de processos de pesquisa, redação de petições, contratos, procurações, entre outras atividades rotineiras.
A tecnologia vem, assim, trazendo resultados significativos em redução de custos e aumento de eficiência, mudando completamente a dinâmica da advocacia, tanto nas empresas quanto nos escritórios.
Hoje faz parte da rotina da área jurídica estar em contato constante com o amplo ecossistema de lawtechs, empresas e startups que nasceram para resolver as principais dores enfrentadas cotidianamente pelos advogados.
Além disso, tem se tornado cada vez mais disseminada a aposta na metodologia ágil e no Design Thinking como formas mais eficientes de gestão do jurídico, trazendo uma mentalidade diferenciada de trabalho, com feedbacks contínuos, ciclos rápidos de melhoria, mais flexibilidade e colaboração.
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Com equipes multidisciplinares, focadas em resolver os principais problemas da área, podemos decidir, por exemplo, analisar profundamente o que é preciso fazer para zerar o contencioso ou entender como é o comportamento dos juízes por tribunal.
Enfrentando essas questões com uma nova visão de gestão, conseguimos trazer soluções para grandes dores do jurídico e dos negócios, e de uma maneira muito mais rápida.
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Na linha de evoluções, também vem ganhando relevância a aplicação do Visual Law, uma nova forma de argumentação jurídica que faz uso de elementos visuais para tornar a comunicação jurídica mais acessível para qualquer público.
Para isso, são utilizados recursos como infográficos, fluxogramas, bullets, storyboards, ícones, entre outros, combinando elementos visuais com textuais. Isso tem feito muito sentido principalmente para as empresas, em especial as de tecnologia e telecomunicações, que às vezes precisam explicar questões técnicas para um Juiz, como o funcionamento de uma torre, por exemplo.
Outra mudança reflexo dos novos tempos e que tem trazido melhorias significativas é o uso de um sistema de gestão jurídica baseado em dados.
Isso porque existe uma enorme riqueza por trás dos dados, quando estes estão devidamente organizados.
A partir desse trabalho, os algoritmos passam a gerar informações relevantes para entender a causa raiz de problemas enfrentados pela empresa, que consomem grandes recursos humanos e financeiros.
Com a inteligência de dados, é possível, por exemplo, entender por que uma companhia está recebendo mais processos em determinada área.
Deixamos de ser reativos e passamos a ser proativos na solução de processos de trabalho e negócios que podem gerar questões jurídicas.
Ainda sobre a importância de um sistema de dados organizado, uma das maiores vantagens que ele pode trazer para uma organização entra na parte de provisionamento de desembolso financeiro.
Com as informações sempre atualizadas, é viável identificar em qual etapa está cada processo e saber com antecedência quais serão os próximos passos. Desse modo, a empresa consegue fazer uma projeção de caixa muito mais efetiva.
Gestão ágil, Visual Law e uso inteligente de dados são apenas três exemplos das inúmeras novas possibilidades que estão surgindo dentro do conceito de jurídico 4.0.
As novas tecnologias e metodologias de gestão serão cada vez mais fundamentais para otimizar a prestação de serviços na área.
Restará aos advogados se preparar e se adaptar, ou perder todo o incrível potencial que esse novo universo ainda tem a nos oferecer.
Por Fernanda Santos, Diretora Jurídica e Compliance Corporativa do grupo Algar
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