O South by Southwest, mais conhecido como SXSW, é um daqueles eventos que ampliam horizontes, inspiram e renovam as energias.

O festival acontece em Austin, no Texas, e trata-se de um dos maiores eventos globais de tecnologia, inovação, cultura, entre tantos outros assuntos. São mais de duas mil palestras, divididas em vinte e quatro trilhas temáticas, incluindo temas como: Inteligência Artificial, Tecnologia, Futuro e Experiência de Marca.

Na edição de 2024, mais de trezentas mil pessoas, de cerca de cem países, participaram dos nove dias de programação. E a Algar esteve presente por meio de uma comitiva em que reunimos associadas das empresas Algar Telecom, Algar Farming e também da Holding do grupo Algar. A seguir, listamos dez principais temas que nos chamaram atenção.

10 Insights sobre o maior festival de inovação do mundo

1 – A IA vai invadir ainda mais a nossa vida

A inteligência artificial está rapidamente se integrando em muitos aspectos de nossas vidas e essa integração só tende a se aprofundar no futuro próximo, influenciando desde atividades cotidianas até as decisões mais complexas, inclusive de negócios.

Algumas maneiras em que veremos uma atuação ainda mais frequente da IA: assistentes de voz ainda mais inteligentes, oferta de cuidados com a saúde cada vez mais personalizados, carros autônomos, uma personalização de produtos e serviços ainda mais expressiva, educação personalizada e sistemas de segurança baseados em IA.

Cerca de 30% das empresas nos Estados Unidos estão atualmente empregando ferramentas de inteligência artificial (IA) em suas operações, ou estão planejando incorporá-las em um futuro próximo. De acordo com analistas da Global X, a expansão dessa prática poderia potencialmente resultar em um lucro acumulado de até 16 trilhões de dólares até o ano de 2030.

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2 – A realidade virtual veio pra ficar

Ela está se tornando cada vez mais popular em uma variedade de setores, desde entretenimento e jogos até treinamento, educação, saúde e turismo. Podemos dizer que o aumento da demanda e da adoção por parte dos consumidores e das empresas é um caminho sem volta.

Sabemos que não se trata de uma novidade, mas a ampliação na sua utilização está chegando com força e isso irá, de fato, impactar os mercados. Essa ampliação do uso gera certas discussões, por exemplo: você acharia estranho ver uma pessoa por aí usando um dispositivo de realidade aumentada no meio da rua?

O possível isolamento social e essa certa desconexão com a realidade vão gerar debates ainda mais intensos, que ainda não somos capazes de prever todas as respostas.

3 – IA e geração Z: tempo de mudança nas relações humanas e de trabalho

Um aprendizado que esta edição nos proporcionou é o fato de que estamos na era do generalista criativo. Gerações X e Y cresceram em uma época que dizia: “obtenha um diploma, seja bom em alguma coisa e então desenvolva experiência nesse domínio”.

Já a geração Z, por exemplo, está presenciando algo novo. A IA chegou para nos permitir extrair conhecimentos necessários para alcançarmos desempenho satisfatório em centenas de habilidades.

Com ela, não é necessário ter décadas de experiência para poder gerar resultados para as empresas. O que é preciso é o conhecimento e direcionamento das ferramentas no sentido de orquestrar a IA para que ela nos apoie em diversas etapas do nosso trabalho.

A IA trará habilidades novas para nós e, pensando na próxima geração, uma das skills mais importantes não será como você realiza um tipo específico de trabalho, mas como você orquestra os recursos à sua disposição para fazer o trabalho para você.

Além disso, os dados mostram que o que faz as pessoas mais felizes no trabalho é o senso de pertencimento: se as pessoas veem valor no que estão fazendo, o impacto tende a ser muito maior. Esta é uma busca bastante almejada pelas novas gerações.

4 – Diversidade para novas ideias e inovação

Uma das discussões levantadas no evento tinha o objetivo de oferecer diferentes estratégias para ajudar as empresas a promoverem inclusão. Isso se deve ao entendimento de que ambientes mais inclusivos tendem a ser mais propícios à inovação.

Quanto mais inclusivo for o ambiente, maior será a possibilidade da inovação acontecer, já que com uma vasta pluralidade de pessoas, é possível reunir uma quantidade bem maior de ideias e soluções, que incluem:

• Considerar pessoas de diferentes formações e universidades nos processos seletivos;
• Investir em quem for contratado por meio de treinamentos que auxiliem no desenvolvimento profissional
• Incentivar a liderança a olhar para a diversidade, pois assim, promove-se uma cultura empresarial com foco em inclusão.

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5 – Experiências imersivas

A inteligência artificial está assumindo um papel crucial na elaboração de experiências imersivas. Durante o SXSW 2024, testemunhamos demonstrações de realidade aumentada/virtual integradas a sistemas de IA impressionantes, resultando em ótimas interações.

Vimos desde instalações de arte interativas até experiências de marca de variadas formas. A fusão de IA com tecnologias imersivas trará uma nova era na experiência do cliente e mudará a forma como consumimos diversas coisas, como por exemplo: vamos poder “assistir” jogos da NBA em cadeiras da “primeira fileira”, poderemos também recordar fotos e vídeos em formato 3D como se estivéssemos “dentro” dessa memória, de forma imersiva, e muito mais.

6 – Busca frenética do ser humano por felicidade, saúde e bem-estar

A tendência é que a busca pela felicidade continue a aumentar ainda mais no futuro, de maneira exorbitante. Existem várias razões que contribuem para essa tendência: foco na qualidade de vida, maior acesso à informação, o crescimento da indústria de autoajuda, o aumento da procura por recursos terapêuticos e práticas de mindfulness, e o surgimento de movimentos que promovem um estilo de vida mais equilibrado e voltado para o bem-estar.

Com isso, é importante que empresas incentivem diálogos francos sobre bem-estar mental, disponibilizem ferramentas para gerenciamento de tempo e promovam um ambiente de empatia.

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7 – Marcas precisam criar conexões autênticas

Para que as marcas continuem sendo relevantes para seus clientes, vimos que é extremamente necessário entender o que cada público quer, suas comunidades, e consequentemente, as particularidades de comportamento de consumo.

Além disso, foram apresentados dados que mostram que muitos consumidores preferem não comprar de marcas que não tem conexão com seus valores pessoais, isso se intensifica na população mais jovem. Uma conexão autêntica pode ser uma maneira poderosa de diferenciar uma marca da concorrência, oferecendo aos consumidores uma experiência única e verdadeiramente significativa.

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8 – O poder das comunidades para as marcas

Comunidades de marca são grupos de pessoas que compartilham um interesse comum em torno de uma marca específica, seus produtos, valores ou missão. Essas comunidades podem se formar tanto online quanto offline, no Discord por exemplo, e são caracterizadas por um senso de pertencimento, engajamento e identificação. Fato, esse, que faz conexão total com a característica expressada pela Geração Z.

Por conta disso, a criação de comunidades tem se tornado uma estratégia-chave para as empresas, pensando em consumidores e mão de obra. E o que une uma comunidade, com toda certeza, é um propósito compartilhado.

9 – O futuro será gerado por IA, mas operado por pessoas

No evento, muito se defendeu a premissa de que é essencial reconhecer que uma parte significativa do nosso trabalho pode ser automatizado pela IA, mas como forma de oportunidade e não de ameaça.

A IA é excepcionalmente boa em tarefas específicas, como análise de dados, reconhecimento de padrões e automação de processos.

No entanto, a criatividade, o julgamento ético, a capacidade de sentir e o pensamento crítico são áreas em que os seres humanos continuam a se destacar. Ao integrar a IA com o trabalho humano, pode-se alcançar uma sinergia que aproveitará o melhor dos dois mundos.

10 – Brasil na vanguarda

Segundo Hugh Forest, diretor de programação do SXSW, cerca de 30% dos participantes do SWSX 2024 são de fora dos Estados Unidos e, desse número, o maior total é do Brasil. A delegação brasileira bateu recorde de público entre palestrantes e visitantes.

E o fato não chama atenção apenas pelo número. O país tem se mostrando bastante atualizado quando o assunto é inovação. A maioria das práticas mostradas no evento, já são aplicadas em território nacional. Temos inúmeros cases de sucesso em áreas como desenvolvimento de pessoas nas organizações, por exemplo, que estão no mesmo nível ou até à frente do que foi mostrado no SXSW.

Nos últimos anos, temos visto um crescimento significativo no ecossistema de inovação do país, o que inclui: aumento em políticas e programas que promovam o pensamento disruptivo, mais incentivos fiscais para pesquisa e desenvolvimento, parcerias público-privadas e apoio à internacionalização de empresas inovadoras.

Para o setor de agronegócio, inclusive, a premissa é a mesma e o Brasil sai na frente. Já temos um arrojado e sustentável sistema de produção agrícola e pecuária, além de legislações que garantem a proteção ambiental. Os mais de 20 painéis do SXSW que compuseram as trilhas de clima, alimentação e meio ambiente comprovaram o protagonismo do país como líder na produção mundial de alimentos e outros agro produtos.

A Algar Farming se enquadra neste cenário e tem contribuído significativamente para a expansão de práticas e narrativas coerentes para o setor. Além disso, existe um campo aberto de possibilidades tecnológicas vistas no SXSW que podemos colocar em prática e testar em nossas operações.

No grupo Algar, a inovação é fomentada de modo constante

Por aqui, acreditamos a inovação é fundamental para expandir nossos negócios, sendo um dos pilares da CulturAlgar.

Somos continuamente estimulados a explorar nosso poder de criação. Entendemos que o pensamento inovador cria serviços e produtos mais eficientes, que nos ajudam a colocar em prática nosso propósito de ser Gente servindo Gente.

Por Eliane Garcia Melgaço, Carolinne Santini, Ana Paula Amaral e Ana Augusta Ribeiro.